30 de Novembro DEN.TRO & 4 de Dezembro UM LUGAR SEM COORDENADAS @ Teatro-Cine Torres Vedras
DEN.TRO
Maria Fonseca
30 de novembro de 2020 | segunda | 21h30 às 22h15
DEN.TRO é uma viagem interna ao templo corpo. A busca do eu. Luz, sombra, consciente e subconsciente. Proponho o corpo como escultura viva, veia de comunicação, armazém de memórias e emoções talhado pelas experiências da vida. DEN.TRO investiga estados internos numa amalgama de fiscalidade e imaginário. Um estudo sobre a identidade que emerge do oceano relacional do ser.
“Interrogo-me agora como é possível que alguém veja claramente, se não se vê a si próprio? Não ha mudança da sombra para a luz, nem da inércia para o movimento, sem emoção...a emoção é um fogo alquímico...fonte privilegiada da consciência." Carl Jung
Coreografia e interpretação: Maria Fonseca
Assistentes de direção: Ekin Bernay/Sandra Rosado
Música: Luís Fernandes
Luz: Jorge Rosado
Fotografia: Helena Gonçalves
Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian
Residências artísticas: DeVIR - CAPa, Companhia Olga Roriz, Espaço das Gaivotas , Espaço do Tempo
Coprodução: Maria Fonseca com o Espaço do Tempo, Teatro das Figuras e Útero Associação Cultural
Contém cenas de nudez
Lotação: 195
Preço: 5 €
UM LUGAR SEM COORDENADAS
Maria Fonseca e Miguel Moreira
4 de dezembro de 2020 | sexta | 21h30 às 22h45
Vaso na cabeça
com limoeiro pelo pescoço
suspensa
a tábua que separa
e une o que nunca
vai estar junto
nas juntas de uma
mulher a desenhar um
homem nu
amadurece a nascer
Rui Dias Monteiro
Deitados: um homem, uma mulher, dois corpos nus, sem nome. O olhar de quem vê desdobra-se, hesita, escolhe aproximar-se de um, sabendo que assim se afastará do outro. No momento seguinte, quem vê duvida da escolha; reformula, pois, a posição dos olhos. Aguarda, vacila: o seu olhar é, desde logo, uma combinação dos sentidos. Vê também a música de Cage, vê o cheiro dos corpos molhados na água. E, finalmente, vê o que desejava: dois corpos que irrompem, simultaneamente, do mesmo espaço e de espaços diferentes. Corpos que sem palavras, são como as palavras de Rui Nunes: lutam, cada qual, com o seu próprio corpo. São, por vezes, vírgulas, ou o desfazer da sintaxe. Procuram o outro num movimento que é desejo e medo. Dão-nos as costas, confundem-se, camuflam-se por entre os cabelos negros. Seduzem. Procuram-se nos reflexos da água, numa cabeça, num vaso, no desenho que será feito. Enfim, um reconhecimento. Por fim, um recolhimento: abandonam lentamente o nosso olhar, deixam-nos a sós com o vazio dos sentidos.
Vítor Ferreira
Peça criada no contexto do projeto pluridisciplinar RASTRO, MARGEM, CLARÃO
Criação e interpretação: Maria Fonseca e Miguel Moreira a partir da escrita de Rui Nunes
Luz: Pedro Fonseca / Colectivo, ac
Poema: Rui Dias Monteiro
Sinopse: Vítor Ferreira
Pesquisa e Teoria: Diogo Martins
Fotografias presentes na performance: Rui Dias Monteiro, Susana Paiva e Valter Vinagre
Fotografia de cena: Helena Gonçalves
Acompanhamento de ensaios: Ana Gil, Nuno Leão e Tiago Moura
Música: John Cage - Sixteen Dances
Produção executiva: Bruno Esteves
Produção: Terceira Pessoa
Financiamento: Direção-Geral das Artes / República Portuguesa – Cultura, Teatro-Cine de Torres Vedras
Residência de criação: O Espaço do Tempo
Lotação: 195
Preço: 52 €